Brasil de Brasília

A ilha não é mais rebelde

A nossa ilha de São Luís tem um grande apelido: ilha rebelde, além do charmosíssimo e carinhoso, ilha do amor. Politicamente falando, o apelido de ilha rebelde se notabilizou pelo fato do seu povo dizer não, a certas propostas, de certos grupos políticos durante anos e anos. A eleição de Lago para prefeito da capital e governador é um exemplo.

No pleito da eleição majoritária municipal de 2020, não observamos tanta rebeldia assim. Com várias propostas mais interessantes, os eleitores optaram pelo lugar comum, pelo continuísmo de velhas práticas políticas, embora os candidatos sejam jovens. Entre propostas absurdas, inexecutáveis, fantasiosas e propostas pé no chão, o eleitor optou pela ilusão ou pela necessidade de satisfazer seus desejos de alguma forma. Em um cenário em que 2021 teremos um aumento de custo da máquina pública, em função dos compromissos e da crise econômica provocada pela pandemia, o que fatalmente provocará queda de receita, os candidatos prometem novos gastos e justificam a origem dos recursos em choque de gestão. Claro que isso é tudo muito bonito, mas não o suficiente, muito embora, claro, soe como música para os ouvidos do nosso povo. E é aí que se desenha o estelionato eleitoral, promessas que nunca serão executadas para o período do mandato pretendido.

De uma forma ou de outra, desejamos sucesso aos candidatos e esperamos que o povo tenha a paciência necessária e que de fato o engodo seja menor que o prometido.

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