O tema acessibilidade, que embora tenha sido cogitado na campanha para a prefeitura de São Luís em 2020, pelo vencedor do pleito, até o momento não vimos ações mais contundentes e efetivas. Note-se que quando falamos de acessibilidade não estamos nos restringindo às pessoas com necessidades especiais de locomoção e sim, as pessoas de um modo geral. A melhor forma de atacarmos um problema é começarmos pelo básico. A prefeitura de São Luís lançou no dia 17 de abril de 2021 o programa centro acessível. Muito bom, é uma ação básica. Ajuda, ajuda e muito. Mas precisamos de mais ações básicas consorciadas com ações que tenham uma visão de no mínimo para os próximos 30 a 50 anos. Com relação às ações básicas, elas estão muito tímidas e o mais importante, a prefeitura deveria fiscalizar mais e melhor, a fim de evitar novos nichos de descumprimento das normas vigentes sobre o tema. É muito comum sermos impedidos de trafegar nas vias da nossa São Luís, pelos seguintes motivos: não existência de calçadas e/ou calçadas esburacadas que somente um atleta poderia cruzá-las; calçadas com degraus intrafegáveis que funcionam como barreiras impeditivas ao bom passeio, ou até mesmo que agridem o direito clássico de ir e vir ; postes, árvores e jardins no centro das calcadas; instalações de placas nos centros das calçadas; estacionamento de veículos nas calçadas e pasmem, tem uma revenda de veículo que usa a área de passeio para exibir os veículos à venda; canteiros de concretos e madeiras nos centros das calçadas; acondicionamento de barro, areia e tijolos para construção, tomando a calçada e parte da via; instalação de barracas e até trailers encobrindo toda a área da passarela; bares e restaurantes que usam as calçadas como extensão de suas instalações e; para finalizar, verdadeiros matagais onde deveria ser uma calçada. Enfim, são várias as situações de obstáculos que encontramos nas nossas vias. Boa parte delas poderiam ser resolvidas apenas com um olhar mais crítico sobre as situações citadas e muitas outras. Recuperação de calçadas, pavimentação das áreas que não possuem calçadas, liberação das áreas ocupadas indevidamente por vendedores avulsos, bares e restaurantes, já seria um bom começo para tornar o programa de acessibilidade mais visível e de fato, acessível aos nossos munícipes e, claro, facilitar a vida dos mesmos.
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