Impressiona a incapacidade de gestão de nossos políticos, enquanto parlamentares, seja qual for o nível: municipal, estadual ou federal. Isso vale para quando estes mesmos políticos estão no poder executivo ou em cargos de comando em geral. Em São Paulo, o secretário de educação que bravateou sobre a qualidade do material didático e que só disponibilizaria para a rede pública, em formato digital e contendo entre outros absurdos, afirmações de que capital do estado paulista tem praia; que a princesa Isabel não assinou a lei áurea e que, pasmem, trinta e seis dividido por nove, é seis, não se preocupou em pedir desculpas, mas sim, em tangenciar por sobre o problema e se fingir de morto.
Consequência, o tal secretário continua no cargo e foi afastado alguns poucos envolvidos, que na realidade não eram os verdadeiros responsáveis pelo ato de tamanha incompetência;
No Rio Grande do Sul, um enfermeiro de uma UBS da capital, procurou o vice-governador e relatou ao mesmo que os médicos da citada UBS não cumpriam a sua carga horária de doze horas. Aliás, da carga de doze horas, a maioria não cumpria sequer, cinco horas do turno;
Consequência, o vice-governador nada fez e nada aconteceu. Foi preciso fazer a denúncia no ministério público, para que acontecesse algum barulho e eco. A partir daí, tivemos apenas um festival de desculpas do governador até o diretor da UBS;
Em oito de janeiro, aconteceram os tais atos antidemocráticos, em que culminou na excrescência das depredações dos três poderes. Fato amplamente divulgado pela imprensa.
Consequência, a oposição ao atual governo, que estava no poder há oito dias, propôs e aprovou uma CPMI para apurar os fatos, em que o grande motivador, era de que o “culpado” das ocorrências seria o próprio governo; negando de forma absurda, a realidade dos fatos. Até agora, estão presos apenas os imbecis que foram manobrados e usados para o ato inconsequente, com requinte de bestialidade e ignorância.
O caso da lava jato, iniciado em 2014, de fato identificou uma boa leva de corruptos e desviadores de recursos públicos, porém, o processo liderado por um determinado juiz e um bando de “procuradores de fama barata”, se empolgaram e politizaram o processo. Esqueceram o bom processo judicial e forçaram a barra em busca de holofotes, chegando inclusive a interferir no resultado de uma eleição presidencial.
Consequência, não tem ninguém preso. Aliás, uma boa parcela deles já se candidataram nas últimas eleições.
Em 2022 o escândalo de desvio de verbas oriundas de emendas parlamentares, suplantou os casos da lava jato. Como se fosse pouco, estamos assistindo no apagar das luzes de 2024, uma quebra de braço entre o STF e o congresso nacional, em que o primeiro busca a transparência nas tais emendas parlamentares e o segundo insiste em esconder. E aqui, pedimos licença ao Brizola, para parafraseá-lo: “…algo há…”